The Man With The Blue Guitar

                                                                                                   Michael Schultheis   



The Man With The Blue Guitar, by Wallace Stevens 

III.
Ah, but to play man number one,
To drive the dagger in his heart,

To lay his brain upon the board
And pick the acrid colors out,

To nail his thought across the door,
Its wings spread wide to rain and snow,

To strike his living hi and ho,
To tick it, tock it, turn it true,

To bang from it a savage blue,
Jangling the metal of the strings


IV.
So that's life, then: things as they are?
It picks its way on the blue guitar.

A million people on one string?
And all their manner in the thing,

And all their manner, right and wrong,
And all their manner, weak and strong?

The feelings crazily, craftily call,
Like a buzzing of flies in autumn air,

And that's life, then: things as they are,
This buzzing of the blue guitar.


III.
Ah, mas tanger o primeiro homem,
Cravar o punhal no seu coração,

Estender o seu cérebro sobre a mesa
E extrair as ácidas cores,

Pregar o seu pensamento na porta,
As suas asas estender à chuva e à neve,

Bater o seu caloroso acolhimento,
Metrificá-lo, torná-lo verdadeiro,

Percuti-lo num azul selvagem,
Irritando o metal das cordas…



IV.
Assim é a vida, então: as coisas como elas são?
Colhe o seu caminho na guitarra azul.

Um milhão de pessoas numa corda?
E todo o seu modo na única coisa,

E todo o seu modo, certo e errado,
E todo o seu modo, fraco e forte?

Os sentimentos hábeis, loucamente chamam,
Como um zumbido de moscas no ar de outono,

E esta é a vida, então: as coisas como elas são,
Este zumbido da guitarra azul.


Tradução de Luís Quintais

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